Uma Avaliação das Campanhas Branham Por Rev. Gordon Lindsay
Tem sido um privilégio para mim ao tempo desta escrita ter estado em uma das nove campanhas de cura Branham, tendo auxiliado na maioria delas. Portanto eu estou, de certa maneira, numa posição para analisar os resultados destas reuniões. Não é um exagero dizer que a manifestação do poder de Deus em sinais e maravilhas excede a qualquer coisa que eu, ou outros com quem tenho conversado, testemunharam anteriormente. Enquanto alguns evangelistas em anos passados tem tido grandes resultados em um ministério de cura, poucos realmente, tentaram oração por enfermos na primeira noite de suas campanhas, e ainda assim, com tantos resultados visíveis. Nem tem o dom da detecção das doenças e dos espíritos malignos sido anteriormente manifestado de uma tal maneira até onde eu estou informado. E que raro drama é ver os olhos de uma criança de olhos cruzados se endireitarem instantaneamente, ou observar a expressão no rosto de um pai cujo filho surdo e mudo está pronunciando palavras pela primeira vez.
Tão grande tem sido as bênçãos de Deus sobre estas reuniões, que seria injusto admitir que todos ou quase todos que vão através da fila de oração são curados. Porque algumas das curas são tão espetaculares, que de alguma forma dificulta imprimir nas pessoas de que deve existir da sua parte uma preparação necessária de fé para se receber a cura. Realmente, isso é tão parecido como nos dias de Cristo, quando Ele disse: “A menos que vejais sinais e maravilhas, vós não crereis”. O Senhor não curou pessoas indiscriminadamente, mas geralmente tomou tempo com cada uma para dar-lhes instruções especiais. Com um, houve uma gentil repreensão por causa da sua incredulidade. A outro, Ele guiou para fora da cidade antes que Ele o curasse da cegueira. A outro, o Senhor falou dos seus pecados, alertando-lhe que desde então sobre ele deve existir uma vida santa, se ele mantivesse a sua libertação.
Devemos ser francos ao dizer que é verdade que alguns que são aparentemente curados perdem a sua cura. Algumas pessoas dependem quase que inteiramente da fé do irmão Branham, e quando a primeira tentação vem do retorno dos sintomas, elas dão passagem. Jesus alertou que demônios, quando são expulsos, geralmente mais cedo ou mais tarde fazem uma tentativa para reentrar no corpo de onde eles foram expulsos. Se o indivíduo fosse tão tolo ao ponto de prosseguir numa vida negligente e mundana, sem convidar o Espírito de Deus para ocupar o lugar do espírito maligno expulso, era muito possível que o demônio, reforçado por vários de seus companheiros, fosse bem-sucedido em sua tentativa. No entanto, a observação indica que o número daqueles que conservam a sua cura parece que favoravelmente e provavelmente excede a proporção daqueles que fazem profissões de conversão durante as campanhas do Evangelho, e que no final das contas continuam fiéis no caminho cristão. É também visível que pastores que tem uma forte fé para a cura divina e ensina o seu povo estas verdades, colhem muito mais resultados das reuniões Branham do que aqueles que exercitam uma fé fraca e vacilante. Por outro lado, é também verdade que as pessoas com uma fé muito simples, tais como os mexicanos, o povo espanhol, e os índios, quando eles testemunham um milagre ou dois, chegam à frente e são curados em grandes números.
O espírito de humildade é mais uma marca característica do evangelista. A pobreza em sua infância o impediu de ter qualquer outra coisa senão a mais miserável educação. Não há pretensão de sua parte de possuir qualquer coisa mais do que a mais modesta das capacidades humanas. Na doce humildade deste homem, erros de gramática ou afirmações científicas imprecisas são realidades não percebidas. Aqui está um homem que tem estado como Moisés “face a face com Deus”; um homem que tem bebido profundamente dos sofrimentos terrenos e deste modo tem aprendido a ter uma profunda compaixão pelo enfermo e o aflito.
Ministros que freqüentam as reuniões Branham, em alguns casos a princípio hostis, testemunham a simplicidade, a humildade e o poder do ministério do irmão Branham, e frequentemente chegam à realização durante o culto ao receberem um avivamento espiritual que eles nunca sentiram antes. Testemunhos tem chegado a nós de que tais tem retornado às suas próprias congregações com uma inspiradora e renovada consagração, para trabalhar para o Mestre como nunca antes. Uns poucos...
pouquíssimos, por causa da sua própria falta de fé e discernimento espiritual, talvez causada por um conformismo com o mundo, tem deixado dúvidas se arrastarem e tem dessa forma desprovido a si mesmos da benção e tem impossibilitado as suas próprias congregações de receberem. A luz que iluminou os israelitas no seu percurso ao Mar Vermelho estava escura para os egípcios que seguiam atrás.
Alguns ministros, homens que sem dúvida amam o Senhor, têm sido obcecados com tais zelos sectários que eles apenas podem pensar das campanhas Branham como um meio de servir ao seu próprio grupo, e insistiriam na identificação do ministério do irmão Branham com alguma doutrina em particular. Quando o irmão Branham tem lhes solicitado a gentilmente privar-se de assim fazer, eles pensaram que ele estivesse comprometendo a fé. Ah! Esse nosso discernimento espiritual é tão grosseiro que não podemos discernir entre os grandes fundamentos da verdade que nos une no Corpo de Cristo e aqueles em que a maioria dos homens devotos discorda. Não obstante, muitos ministros do evangelho estão se regozijando de que o ministério do irmão Branham esteja servindo como um denominador comum daqueles que, embora sejam membros de diferentes grupos, todavia são membros do mesmo corpo. Deixe cada igreja pregar suas próprias convicções, porém não façamos proselitismo quando grandes multidões estão perecendo sem Cristo às nossas portas. Quem sabe porém este grande mover seja profético – não voltado a união das denominações, mas voltado a criação de um espírito de boa vontade e de companheirismo enquanto o mundo tem um direito a esperar daqueles que são membros do corpo de Cristo.
Existe um outro problema confrontado nas reuniões Branham que, por causa da sua natureza, não é de fácil solução. As pessoas andam centenas e até mesmo milhares de milhas para receber oração nestes cultos. Aqueles encarregados de conduzir as reuniões são continuamente solicitados por chamados daqueles que desejam atenção imediata. Se somente uma pequena fração fosse atendida, o irmão Branham não teria um momento de descanso. É bom que cada um que freqüenta as reuniões Branham cuidadosamente considere o fato de que ninguém pode propriamente ministrar às dezenas de milhares de pessoas que estão em necessidade de cura. Se na doce humildade de seu ministério, se nos milagres que acontecem, se nos testemunhos do grande número que são curados, uma nova fé e inspiração forem introduzidas na igreja do Senhor Jesus Cristo, certamente o irmão Branham terá feito a sua parte. Finalmente, devemos mencionar o fato de que o irmão Branham não é um homem de ilimitada força. Orando e ministrando aos milhares de pessoas frequentemente esgota-o ao ponto da absoluta exaustão. Confiamos então que todos devem entender
a razão que torna necessária manter o nosso irmão em um lugar sossegado onde ele possa orar e aguardar no Senhor sem a interrupção dos vários que desejam conversar com ele.
Fonte: Jornal “A Voz da Cura”, Volume I, Número 1, abril de 1948.